Resenha sobre o artigo: análise do discurso oficial sobre a humanização da assistência hospitalar.
O termo “humanização” tem sido empregado com bastante frequencia no contexto atual de saúde, apesar de ainda não ter uma definição clara, indica uma assistência de qualidade que valorize não apenas a parte técnica e estrutural mas também a relação no atendimento ao paciente, norteando um novo modelo de ação. Alguns programas como a Maternidade Segura e o Método Canguru apoiados pelo Ministério da Saúde (MS) e pela Organização Mundial de Saúde (OMS) já seguem tal princípio.
O Programa Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar (PNHAH) regulamentado pelo MS em 2000 se destina a promover uma nova cultura de atendimento à saúde no Brasil, através da melhora das relações entre profissionais e usuários, hospital e comunidade e dos serviços prestados, adquirindo atualmente uma perspectiva transversal como política de assistência. A metodologia empregada no artigo foi a análise de textos e seus conteúdos, além de fontes primárias oficiais do MS com uma interpretação crítica no contexto científico e proposição de alguns possíveis caminhos a serem seguidos, com a complementação e aprofundamento do tema.
A insatisfação dos usuários quanto ao relacionamento com os profissionais de saúde que seria precário, desrespeitoso e violento, fatores até mais valorizados do que a falta de médico, estrutura ou medicamentos foi tida como dase da discussão. Dividiu-se então em três eixos discursivos. O primeiro diz respeito à humanização como oposição à violência física e psicológica expressada nos maus-tratos, impondo aos pacientes o isolamento, a despersonalização e submissão de seus corpos a procedimentos e decisões que sequer compreendem. O modelo proposto agora é centrado na comunicação, numa nova cultura de atendimento. O segundo eixo relata que se deve alcançar uma articulação de avanços tecnológicos com bons relacionamentos, melhorando a qualidade dos serviços