Resenha: Rousseau da servidão à liberdade.
Nascimento, Milton Meira de Rousseau: da servidão á liberdade. In: WEFFORT, Francisco c. (org). Os clássicos da Política. São Paulo: Ática, 2004. Vol. 1. P. 187- 199.
O capítulo Rousseau: da servidão à liberdade é constituído de duas partes. Trataremos da primeira, Nascimento apresenta quatro tópicos, uma breve biografia da vida de Rousseau e discussões sobre suas obras e ideias.
O primeiro tópico mostra as ideias de Rousseau que divergiam dos demais filósofos da época, Rousseau faz uma crítica às ciências e as artes, considerando que via como verdadeira ciência, a virtude, que segundo ele é a mais sublime das almas simples, para conhecermos suas leis basta olharmos para nós mesmos e ouvir a voz da consciência.
O tópico subsequente faz um breve relato sobre a vida e obras do Rousseau destacando seu ingresso na Universidade, prêmios recebidos e algumas passagens de sua vida, até o seu falecimento em 2 de julho de 1778.
O terceiro tópico procura elucidar o leitor, levando – o a uma reflexão sobre o pacto social, a passagem do estado de natureza ao estado civil, o exercício de soberania do povo. Retomando considerações de outros filósofos como: Grotius, Pufendorf e Hobbes, Rousseau se destaca propondo ideias inovadoras, considerando o povo livre. Ainda nesse tópico há uma discussão acerca de sua obra: O discurso sobre a origem da desigualdade, na qual ele aborda de forma hipotética a história da humanidade. A partir de considerações feitas sobre a legitimação da desigualdade, surge então o Contrato social, que seria a possibilidade de um pacto legítimo, os homens após perderem sua liberdade natural, ganham liberdade civil, passam a ser soberanos, ou seja, agentes do processo de elaboração das leis. O autor declara que “o homem nasce livre e por toda parte encontra- se aprisionado.” No contrato pretende- se conceber um pacto legítimo de liberdade e obediência.
No tópico seguinte intitulado: A vontade e a