Resenha rituais de sofrimento
Nome: Gustavo Vichini de Araújo
Os rituais de sofrimento que são explicados pela autora em seu texto, comprometem-se a investigar os reality shows e as nossas relações sociais com o trabalho.Nessa abordagem, ela procura entender o porquê de nós nos sujeitarmos a determinados tipos de ‘’ sofrimento ‘’ em prol de uma determinada ação ou tarefa.
Analisando o Big Brother, podemos dizer que o reality se aproxima muito das relações de exclusão da sociedade, no qual as pessoas assim como no programa, tentam se adequar para se sentir parte de determinado grupo ou para ter aprovação social.Esse ponto é muito interessante porque mostra como a sociedade tenta imprimir que as pessoas tenham que seguir determinados padrões, inibindo muitas vezes a liberdade de expressão.
O Big Brother mostra nitidamente no ponto em que os participantes são empregados, que são atores que cumprem as tarefas em período integral, no qual todas suas atividades são monitoradas e exploradas.E essa exploração vai tão além, que os ‘’ Brothers ‘’ são seus próprios chefes e têm a função da exclusão, responsáveis por causar o sofrimento que planeja-se ser natural do jogo.
O sofrimento que é citado pela autora nesse reality, vem como uma necessidade que é exigida aos participantes, para que estes tornem cada vez mais reais a “ arte do jogo ’’, alavancando os processos de audiência, tratando as pessoas como se elas fossem objetos desprovidas de sentimentos.
Tratando das relações de trabalho, a autora nos coloca como “ capital humano’’, vendendo a nossa mão de obra, se arriscando para que as atividades sejam cada vez mais produtivas e que gerem lucro, independente das condições de consecução da mesma.
Assemelha-se muito com o reality, o fato de encarar-se como voluntarioso o processo, dando a entender a falácia de que as pessoas se submetem a esse tipo de comportamento por arbitrariedade, tendo em visão somente o prêmio e, no meio social, o salário que muitas vezes