Os Camelos

Resenha do filme: Camelos também choram
Uma das grandes questões que temos é sobre as diferenças entre pais e filhos, o porquê das rejeições, e de sermos muitas vezes opostos de quem nos criou. A mesma genética, mas personalidades tão diferentes. Perante a tantas diferenças aprendemos na convivência encontrar paciência em muitas ocasiões para melhor entendimento das relações. A insistência em acreditar em algo pode nos levar aonde queremos e a tolerância em situações difíceis nos fazem pessoas mais compreensivas e felizes. Ao que pude entender do filme é exatamente isso, a mãe teve um parto difícil, sendo sua primeira cria, logo veio à rejeição e o filhote tentando sempre a aproximação da mãe e o carinho que não recebeu. A mãe comparando o filho ao sofrimento que passou não conseguia ter essa aproximação, fazendo assim das cenas mais emocionantes e tristes, pois nos leva a crer que o filhote realmente chora. Há muitos questionamentos do porque da rejeição da mãe perante o filhote, seria por ser um filhote branco, muito raro e diferente dos demais? Seria pelo parto sofrido, pois a fêmea sofreu dois dias até dar a luz, levando a mãe relacionar a cria com o sofrimento? Ou talvez uma espécie de depressão, assim como os seres humanos tem recorrentemente após dar a luz afastando-se por algum tempo de seus filhos.
O filme também nos transporta a um grupo de pessoas na Mongólia que vivem totalmente fora da modernidade que vivemos. A vida deles é cuidar do seu rebanho de ovelhas e criação de camelos, nos mostrando sua cultura através de rituais para cada filhote após seu nascimento, também retrata o menino que sonha em ter uma televisão, e a educação passada dos mais velhos para os mais novos através de lendas e histórias antigas. Passam por muitas dificuldades, mas através da música e da dança que ao longo do filme os levam para momentos mais felizes.