a dinâmica da logística reversa
Entenda como funciona a devolução de produtos no pós-consumo ao fabricante. Para muitos, este é o mecanismo – já regulamentado na Europa – que vai salvar o planeta das montanhas de lixo eletrônico. No Brasil, a legislação se arrasta
Manoella Oliveira - Edição: Mônica Nunes
Planeta Sustentável - 21/05/2009 [http://planetasustentavel.abril.com.br/home/]
Logística é um processo que pode ser dividido em várias etapas: envolve compra e venda, devolução de mercadoria por motivo de desistência ou de defeito e, finalmente, se preocupa com o destino de um produto ao final de sua vida útil. A preocupação da Logística Reversa (LR) é fazer com que esse material, sem condições de ser reutilizado, retorne ao seu ciclo produtivo ou para o de outra indústria como insumo, evitando uma nova busca por recursos na natureza e permitindo um descarte ambientalmente correto. Parece simples e inteligente, mas o processo ainda não funciona bem.
Nos Estados Unidos, as pessoas normalmente têm duas ou três garagens em casa, sendo uma delas desviada de sua função principal: vira depósito de entulhos. Boa parte dele é formada por equipamentos velhos e sem uso que estão abandonados - mas guardados - porque não se sabe o que fazer com aquilo.
Quem conta isso é Gailen Vick, presidente da RLA - Reverse Logistics Association
[http://w w w .reverselogisticstrends.com/] , um especialista de mercado que conhece bem os gastos do país com Logística Reversa de mais de US$ 750 bilhões por ano mas que afirma, categoricamente, que as empresas não prestam muita atenção nisso, especialmente porque não têm consciência de quanto dinheiro poderia ser economizado com a adoção da prática.
“Ser ambientalmente correto afeta a satisfação do cliente. Se você não faz porque é ambientalista, faça pelo lucro e pela imagem corporativa. O que é lixo, hoje, pode valer dinheiro se for bem empregado no futuro”. Mas além do desconhecimento do assunto, existe ineficiência na própria