Resenha preconceito linguistico
1003 palavras
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O livro Preconceito Lingüístico, publicado pelo autor Marcos Bagno, que concluiu graduação e mestrado na Universidade Federal de Pernambuco e doutorou-se na Universidade de São Paulo, traz, em suas páginas, bastante polêmica, já que trata de um assunto muito delicado, o preconceito, denunciando claramente alguns professores de gramática muito bem conceituados e a população brasileira em geral, leva os leitores a perceberem que eles mesmos acabam sendo preconceituosos. Uma leitura indispensável para professores de português, e tantos outros profissionais que trabalham na área da educação. O autor deixa claro que o preconceito lingüístico está diretamente ligado ao preconceito social, sendo assim, esse é um texto político e, como o leitor pode perceber muitas vezes Marcos Bagno usa um tom agressivo, já no começo do livro o autor afirma ‘’ tratar da língua é tratar de um tema político, já que também se trata de seres humanos’’(pág. 19). Com críticas duras aos gramáticos tradicionalistas que estudam a língua como se ela fosse estática, sem transformações. No primeiro capítulo apresenta oito mitos, argumenta sobre eles e nos mostra os equívocos que estão contidos neles. Primeiro mito: “O português do Brasil apresenta uma unidade surpreendente”. Essa idéia é prejudicial à educação a partir do momento que o educador não reconhece a variedade lingüística e impõe ao aluno o que ele considera ser o certo, causando facilmente uma repulsa por parte do estudante pela língua, já que apontam que ele e as pessoas com que ele convive “falam tudo errado”. Segundo mito: ‘’Brasileiro não sabe bem o português/ Só em Portugal se fala bem o Português’’. Quem nunca ouviu isso antes? Essa idéia de que o português brasileiro é inferior ao do europeu, esse tipo de idéia é reflexo de pesquisas mal feitas e comentários preconceituosos de diversos autores. Terceiro mito: ‘’Português é muito difícil’’. Nenhuma língua é difícil para os falantes nativos, se um brasileiro for aprender croata