Resenha O Preconceito Linguístico
BAGNO, Marcos. Preconceito linguístico: o que é, como se faz. 54° edição. São Paulo: Loyola, 2011.
Natálya Morona Machado Ferreira
Democratização e respeito da língua Em “O Preconceito Linguístico”, o autor retrata os vários mitos existentes da língua portuguesa e os critica de maneira em que é perceptível notar que há razão na sua fala. A maioria desses mitos abrange as diferentes formas de falar dos diversos estados do Brasil, que são resultantes do longo processo histórico que o país viveu. Essas diferenças linguísticas em alguns estados como Bahia, Pernambuco, em comparação com Santa Catarina ou Rio Grande do Sul, por exemplo, são vistas pela maioria da sociedade de cada estado como erros na fala do outro. Porém, este comportamento atrai o pensamento preconceituoso de região para região, pois não existe padronização da língua falada, somente na escrita, que seria a norma culta. É muito comum também ouvir que o português de Portugal é mais correto em relação ao português falado no Brasil, mas tal suposição é falsa, pois o que acontece são somente diferenças, como qualquer outra língua. A ortografia é composta de diversas regras, que devem ser seguidas na linguagem escrita, mas não quer dizer que o não cumprimento de tais regras na língua falada se torne um erro. Quando isso ocorre, é possível que se perceba a discriminação e o senso de inferioridade que as pessoas impõem nas que falam “diferente” do seu “normal e certo”. Existe uma grande confusão entre o falar e o escrever, e muitos ditos erros de português, são apenas erros de grafia. É sabido que o ser humano aprende primeiro a falar e mais tarde a escrever, o que nos leva a suposição de que a fala não segue a escrita; deste modo, não podendo atribuir o “falar diferente” como errado. Outro ponto importante para comentar são que muitos acham que as pessoas de menor aquisição ou sem instrução não sabem falar,