Resenha - Pobre romance brasileiro
Pobre romance brasileiro
Giron, Luís Antônio, editor de Cultura de ÉPOCA
Por Rodrigo Mendes
Luís Antônio Giron, editor de cultura da revista ÉPOCA, escreve uma coluna semanal em epoca.com.br. Em um de seus artigos, intitulado Pobre romance brasileiro, o autor fez uma breve análise sobre o que considera as cinco razões da estagnação literária que tomou conta tanto de escritores consagrados, quanto dos novos talentos. No decorrer do texto, o editor coloca de forma clara sua crença de que vivemos um momento de miséria intelectual e que escritores, jornalistas, blogueiros, sem ter o que escrever, gostam mesmo é de ler artigos de outros autores, disparando elogios e esperando que façam o mesmo para eles próprios. Para ele esta prática tornou-se um círculo vicioso.
A primeira razão descrita para a estagnação seria o fato de que, mesmo existindo um número elevado de títulos lançados anualmente, a grande maioria dos textos não tem qualidade significativa. Giron cita que a autocomplacência da classe é a segunda causa do declínio intelectual e, mais adiante, coloca uma frase que, em sua opinião, encaixaria na terceira razão: “Nunca houve tanta gente escrevendo tanto, nem tanta bobagem” e que a causa deste problema seriam os próprios leitores, que cansaram dos antigos escritores e depositaram muita esperança nas novas gerações. Na sua visão, os jovens ficcionistas acreditam ter o direito de escrever sobre o que bem entenderem, mesmo sem ter conhecimento do assunto abordado, e que os críticos encaram com bondade obras assim, desde que tenham sido escritas por romancistas com menos de 30 anos.
A quarta razão é apontada como a falta de assunto, pois os autores atuais não conseguem ir além dos seus próprios umbigos, sempre com obras em função deles mesmos e, na sua