Saramargo
Ano de publicação
Publicado em 1982, o Memorial do Convento, de José Saramago
Fato narrado
Narra o período de construção de um Convento, em Mafra, em cumprimento de promessa feita pelo rei D. João V. Concomitantemente, é narrada a construção de uma passa rola, sonho do padre Bartolomeu com os auspícios do rei, mas perigosamente à margem do Santo Ofício. O padre é ajudado pelo casal Baltasar.
Uma das questões corticais neste romance é a fronteira entre a história e a ficção. Saramago não se vê como um escritor histórico, mas antes como um autor de uma história na História. O seu argumento traduz-se numa estratégia narrativa que entrecruza três planos relevando o da ficção da História e o do Fantástico em detrimento do plano da História.
Plano da historia
Plano da historia
Memorial do Convento consegue articular um plano da História (Portugal no século XVIII, durante o reinado de D. João V, com Autos-de-Fé, procissão de penitentes, casamento dos infantes)
Plano de fantástico
E o plano do Fantástico (construção da Passarola, sonho de Blimunda, Baltasar, personagens ficcionais e Bartolomeu Lourenço, figura histórica do tempo).
Plano de ficção e da historia
Com um plano da ficção da História (elementos históricos que são moldados pela ficcionalidade transformando, por exemplo, D. João V e a rainha Ana de Áustria em caricaturas e elevando, na edificação de Mafra, um herói coletivo e anônimo os milhares de trabalhadores.
Estrutura da obra
O romance está dividido em 25 capítulos não-denominados, sem numeração alguma também, estabelecendo-se como divisão apenas os espaços em branco entre os que compõem a obra.
O espaço
1. O palácio que abriga a nobreza de D. João V, por onde o clero transita com facilidade;
2. As ruas de Lisboa, sempre cheias da "arraia-miúda", o povo pobre , faminto;
3. A quinta (chácara) para onde vão Blimunda e Baltazar construir a Passarola;
4. A cidade de