Acidentes nucleares
1. Breve histórico
Todas as Usinas atômicas existentes hoje são do tipo de fissão, que para funcionar precisam "queimar" um combustível atômico pesado. Elas utilizam, basicamente, o urânio enriquecido ou o plutônio. Há diferentes tecnologias envolvidas. O chamado método francês que prevê o uso de quantidades importantes de urânio levemente enriquecido e, para moderá-lo, emprega-se água pesada ou grafite. São instalações mais confiáveis do ponto de vista de segurança. Um outro método é o americano que utiliza urânio muito enriquecido, com rendimento maior mas com sistemas de segurança mais complicados e de maior perigo de acidentes perigosos. Outros países adotam modelos derivados de um ou outro desses tipos, ou combinações e modificações deles.
Os principais acidentes nucleares até hoje registrados
Em 1957 escapa radioatividade de uma usina inglesa situada na cidade de Liverpool. Somente em 1983 o governo britânico admitiria que pelo menos 39 pessoas morreram de câncer, em decorrência da radioatividade liberada no acidente. Documentos secretos recentemente divulgados indicam que pelo menos quatro acidentes nucleares ocorreram no Reino Unido em fins da década de 50.
Em setembro de 1957, um vazamento de radioatividade na usina russa de Tcheliabinski contamina 270 mil pessoas.
Em dezembro de 1957, o superaquecimento de um tanque para resíduos nucleares causa uma explosão que libera compostos radioativos numa área de 23 mil km2. Mais de 30 pequenas comunidades, numa área de 1.200 km², foram riscadas do mapa na antiga União Soviética e 17.200 pessoas foram evacuadas. Um relatório de 1992 informava que 8.015 pessoas já haviam morrido até aquele ano em decorrência dos efeitos do acidente.
Em janeiro de 1961, três operadores de um reator experimental nos Estados Unidos morrem devido à alta radiação.
Em outubro de 1966, o mau funcionamento do sistema de refrigeração de uma usina de Detroit causa o derretimento parcial do