Resenha os lançados Alberto da Costa e Silva
O texto de Alberto da Costa e Silva inicialmente apresenta quem compõe o grupo heterogêneo dos lançados na costa da Guiné e rios da região. Alguns, fogem de penalidades por crimes cometidos em Portugal, outros são punidos por insolência outros são cristãos novos insistentemente perseguidos, entre outros. O que os une é o fato de estarem sozinhos em um ambiente estranho e buscam a adaptação para sobreviverem. De acordo com o autor, adaptar é primordial visto que as doenças nestes locais não faziam poucas vítimas. Os que sobrevivem a este empecilho inicial ficavam resistentes e atentos aos possíveis meios de contágio, os miasmas eram reconhecidos e evitados. As ilhas de Cabo Verde apesar de ter poucos recursos naturais e estar sujeita às bruscas intempéries do Atlântico é um importante entreposto comercial para a região. Sua localização favorece rotas de comércio e demais contatos com o continente. A potencialidade desse local somada aos lançados procurando subsistir forma um quadro de mestiçagem, comércios e trocas culturais. Os lançados que chegavam a terra e procuravam antes de tudo serem aceitos pela população local o que acontecia com frequência por causa da tradição do Oeste Africano em receber bem os estrangeiros, – não sem um propósito que veremos mais adiante – onde geralmente se casavam e com suas esposas aprendiam sobre o costume, religião, idioma mas especialmente sobre comércio. As mulheres tinham bastante desenvoltura no trato comercial e ensinavam a seus maridos sobre este tema, ao mesmo tempo em que essas esposas se acostumavam nas negociações com europeus. O autor afirma haver benefícios múltiplos para ambos os lados: os lançados ganhavam respeito e segurança ao passo que os chefes da comunidade da noiva podia controlar as investidas comercias destes homens. Além da troca