Resenha Mário Chagas
O texto se trata de fazer uma reflexão a museologia em relação ao tempo presente e as suas aplicações. A autora já no começo deixa bem claro que o texto não tem a pretensão de se tornar uma tese, e sim um local onde ela deseja problematizar alguns problemas, para que eles possam ser refletidos e estudados.
A autora faz uma introdução sobre a história dos museus na antiguidade e o ranço que os mesmos tiveram após o Museu de Alexandria e fala um pouco sobre a evolução dos museus passando pelo Renascimento, pelo romantismo e chegando aos dias de hoje, onde ela pontua com muita pertinência que atualmente os museus estão passando por mudanças já que estão começando a desenvolver outro papel na sociedade, já que agora há uma maior preocupação como o museu como agente social que pode fazer parte ativamente da vida de uma determinada comunidade.
Waldisa ressalta que como depositórios de memória, os museus acabam sofrendo mudanças conforme as sociedades vão se desenvolvendo política, cultural e socialmente. Esse tipo de reflexão é muito fértil para podermos tentar conceber um conceito educativo diferente do usual, onde a opressão da ditadura, escravidão e a questão indígena possam ser tratadas de maneira polida e até um pouco distante como são abordadas essa questões e algumas outras.
É importante ressaltar que a interdisciplinaridade é muito citada, já que para a autora a museologia é uma nova ciência (mesmo que sua origem remonte da antiguidade) que se baseia muito em outras disciplinas com a Biblioteconomia, História e História da Arte.
O falho sistema de defesa de bens culturais é muito bem lembrado, a autora consegue sintetizar toda a problemática com a burocracia em um trecho ‘’ Hoje, embora conscientes desses erros, neles insistimos e questionamos o sentido das palavras sem as projetarmos no tempo social. Defasados quanto ao passado, mutilados no