RESENHA CRITICA LUCIANA BISPO
As políticas de saúde no Brasil, ao longo dos séculos, passou por diferentes formatos até chegar ao formato universalizado do Sistema único de Saúde/SUS, que temos atualmente. Até chegarmos ao modelo atual, um longo caminho foi percorrido, e marcado por muitas lutas. Numa análise conjunta do conteúdo das Unidades 1 e 2 do livro Políticas de Saúde: Fundamentos e Diretrizes do SUS (CARVALHO e BARBOSA, 2012) e no documentário Políticas de Saúde no Brasil (2007), podemos verificar a evolução dos serviços de saúde oferecidos a população ao longo da história brasileira. No início do século XX, o país não possuía estrutura de atendimento à saúde de forma universalizada. À maioria da população não eram oferecidos serviços de saúde. Ao mesmo tempo, foi nesta época que começaram os primeiros embates contra a situação sanitária do país, tida como uma das piores do mundo, onde imperavam doenças e falta de saneamento básico. De cunho mais campanhista, com cunho mais coercitivo que educativo a princípio (porém não menos importantes), as políticas de sanitização e de vacinação vieram a fazer parte de uma rotina, de forma a livrar o país das epidemias, como as de varíola, febre amarela, cólera, entre outras não menos importantes que grassavam o país. Personagens importantes que trabalharam contra as doenças que imperavam e não podemos deixar de citar, Osvaldo Cruz, Emilio Ribas, e fatos como o fim dos cortiços, saneamento dos portos, entre outros que também somaram à situação sanitária vigente. Contudo, a população em sua maioria ainda continuava desassistida pelo poder público com relação ao atendimento por serviços de saúde, sobrando-lhes somente as benzedeiras, e mais adiante, os serviços de caridade realizados pelas Santas Casas de Misericórdia, financiadas pela Igreja. Na década de 1920 Elói Chaves e a Lei de Caixas de Aposentadorias e Pensões trariam, numa tentativa de refrear a tensão social à época, um serviço de assistência médica e