O uso da gramática nas escolas
FACULDADE DE FILOSOFIA, COMUNICAÇÃO, LETRAS E ARTES
PROJETO DE PESQUISA
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
O ensino de gramática: O uso dos pronomes (colocação pronominal)
Aluna: Nathália Hanft Bráz -RA 08006937
Orientadora: Profa. Dra. Maria Aparecida Caltabiano
Curso de Letras – Língua Portuguesa e Língua Inglesa
Março de 2011
1.Introdução
‘’– A ingresia de hoje, declamava ele, está para a Língua, como o cadáver em putrefação está para o corpo vivo. E suspirava, condoído dos nossos destinos
– Povo sem língua!... Não me sorri o futuro de Vera-Cruz…
E não lhe objetassem que a língua é organismo vivo e que a temos a evoluir na boca do povo.
– Língua? Chama você língua à garabulha bordalenga que estampam periódicos?’’
(LOBATO,Monteiro. O Colocador de Pronomes,1924)
JUSTIFICATIVA
O tema Colocação Pronominal sempre chamou a atenção de escritores e estudiosos da língua. Veríssimo, Monteiro Lobato e Mario de Andrade, já dedicaram trabalhos ao tema. Veja-se, por exemplo, de Monteiro Lobato, o conto ‘’O Colocador de Pronomes’’ (1924) que o autor ridiculariza o personagem central, Aldrovando, exatamente pelo uso de uma linguagem empolada e descabida, cheia de preciosismos e de palavras incompreensíveis para a maioria das pessoas. Ilustra muito bem o desinteresse e o desapego de Lobato quanto ao rigor gramatical.
O texto em questão, se refere às modificações que o autor desejava promover na forma de se conceber a língua (seja no uso literário,seja no popular) e gramática no contexto brasileiro das primeiras décadas do século passado.
Por isso, pode-se mesmo falar que, neste texto, Lobato defende uma interessante posição (e avançada para o tipo de ensino predominante da época) de que o destino da língua pertence a seus usuários.
No livro ‘’Emília no país da gramática’’(1934) ratificava, que a gramática deveria ser aprendida pelo uso. É isso que mostra no livro: ...’’os gramáticos mexem e remexem com