O aluno na sociedade e a sociologia
FORMAIS DA LÍNGUA PORTUGUESA PARA A COMPETÊNCIA NO MANEJO
DAS NOVAS REGRAS ORTOGRÁFICAS.
Elisabeth Ramos da SILVA
Universidade de Taubaté - UNITAU
Resumo. A necessidade de compreender devidamente as regras que compõem o novo acordo ortográfico exige que a escola repense a importância do ensino de língua portuguesa, não apenas quanto aos seus aspectos funcionais, mas também quanto aos aspectos formais, incluindo aqui a nomenclatura referente à taxonomia da chamada gramática tradicional. Este minicurso tem por objetivo discutir a importância do ensino dos aspectos formais da língua e promover reflexões que corroborem a devida compreensão das mudanças ortográficas da língua portuguesa.
1. Introdução
O Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, assinado em 16 de dezembro de
1990 e aprovado no Brasil pelo Decreto Legislativo nº 54, de 18 de abril de 1995, refere-se apenas à língua escrita, apresentando basicamente mudanças no alfabeto, nas regras de acentuação e no uso do hífen. Como se vê, trata-se de poucas alterações. No entanto, já que se tornou imperativo ensiná-las aos alunos, os professores têm se deparado com a necessidade de abordar os aspectos teóricos cujo aprendizado é necessário para a devida compreensão do acordo. Em decorrência, novamente começou a ser discutida a utilidade do ensino da gramática.
E isso ocorre porque, embora as mudanças do acordo ortográfico sejam referentes apenas à ortografia, o professor sabe que é preciso transmitir aos alunos as novas regras de acentuação, as regras do uso do hífen, entre outras. Por se tratar de
“regras”, essa questão insere-se na discussão mais ampla, que diz respeito ao ensino das regras pertinentes à norma-padrão, ou seja, ao ensino da gramática normativa.1 Falar de “gramática normativa” ainda causa reações contrárias, pois esta, por ser prescritiva, é freqüentemente associada à postura reacionarista, purista, que insiste em