Resenha: Máquinas de ver, modos de ser.
Máquinas de ver, modos de ser: visibilidade e subjetividade nas novas tecnologias de informação e de comunicação.
Autora: Fernanda Bruno. Aluno: João Paulo Cândido Pereira
Objetivo do artigo:
A professora Fernanda Bruno pretende com o artigo problematizar a relação existente entre a subjetividade, a visibilidade e a tecnologia tendo como ponto de partida a constatação de que a contemporaneidade se tornou capaz de uma transformação nos modos pelos quais são construídos as identidades dos indivíduos.
Introdução:
Com o desenvolvimento desenfreado das tecnologias de informação e comunicação, a relação existente entre subjetividade e visibilidade ganha uma nova forma, já que essas novas tecnologias acabam se tornando capazes de moldar processos de afirmação e subjetivação das identidades contemporâneas.
A utilização de blogs e webcams aumenta cada vez mais, transformando essas novas formas de comunicação em elementos fundamentais nas novas formas contemporâneas de exposição da vida íntima e particular. Paralelamente a isso, cresce também o interesse pela vigilância dos indivíduos na contemporaneidade, através dos circuitos internos de TV, câmeras, chips e bancos de dados, entre outros. Esses mecanismos são responsáveis pela continuidade de uma tendência moderna, que é a preocupação em controlar as ações do indivíduo comum.
Assim como na modernidade, a vigilância contemporânea se torna capaz de influenciar decisivamente na produção de subjetividades e identidades. Apesar da preocupação pela vigilância do outro ainda existir, a contemporaneidade viu acontecer duas mudanças consideradas significativas. A primeira delas foi a constituição de uma subjetividade exteriorizada e que ficou marcada pela projeção e antecipação, que acaba se sobrepondo a uma subjetividade interiorizada em si mesmo. A segunda delas foi a mudança no estatuto do olhar do outro e do observador.
Relação entre subjetividade, visibilidade e tecnologia:
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