Resenha morin
Morin, Edgar (1990). Lisboa: Instituto Piaget. 2ª ed., 177 p. ISBN: 972-8245-82-3.
Do original Introduction à la pensée complexe, Paris: ESF éditeur, 1990.
|Edmundo Inácio Júnior |Daniel Durante Pereira Alves |
|Doutorando, eijunior@ige.unicamp.br |Prof. Assistente Doutor, ddurante@ige.unicamp.br |
|Departamento de Política Científica e Tecnológica – UNICAMP/IGe/DPCT |
A complexidade não é chave do mundo, mas o desafio a enfrentar, o pensamento complexo não é o que evita ou suprime o desafio, mas o que ajuda a revelá-lo e, por vezes, mesmo a ultrapassá-lo.
Edgar Morin, prefácio.
Edgar Nahoun (1921 - ), que já em 1942 resolve substituir o sobrenome Nahum por Morin[1], é um dos principais filósofos contemporâneos franceses. Coincidência ou não, sua trajetória intelectual não se pautou pela verticalização de um conhecimento específico e formal, obtido nos bancos universitários[2]. Tal fato torna difícil, ou em suas palavras, complexa a tentativa de enquadrá-lo dentro de alguma área específica. Entretanto, entre seus vários escritos, livros e ensaios, sua trajetória pode ser caracterizada “by a concern for knowledge that is neither hampered nor pigeonholed, capable of grasping the complexity of reality, of observing the singular while placing it within the whole”[3]. Sua trajetória acadêmica, por assim dizer, culminou no Centro Nacional de Pesquisa Científica – CNRS, onde é pesquisador emérito, além de ser agraciado e homenageado por várias outras universidades do mundo[4]. Os vários livros escritos por Morin refletem sua preocupação com temas relacionados à complexidade das questões sócio-antropológicas e políticas da