Resenha moeda
Bibliografia: Knapp, Georg Friedrich, The State Theory of Money [1924]; London Macmillan & Company Limited, St. Martin's Street, 1924 [Capítulo I: Payment, Money and Metal, Parte I: Autometatelism; Nominality of the Unit Of Value e ParteII: Chartal Means of Payment] GRUPO 10: Lucas Cardoso, Lucas Queiroz, Conrado Gonçalves, Josmar do Bonfim Cabral e Victor Hugo Lage
“O dinheiro é uma criatura da lei. Uma teoria do dinheiro deve, portanto, lidar com a história jurídica.” (Knapp, pp 01) A alma do dinheiro não está no material de suas peças, e sim nos ordenamentos legais que regulam o seu uso. Todo dinheiro, metal ou de papel, é somente um caso especial dos meios de pagamento em geral. Na historia jurídica o conceito de meio de pagamento está gradualmente envolvido, começando por simples formas e procedendo para as mais complexas. Existem meios de pagamento que ainda não são dinheiro; em seguida aqueles que são dinheiro; mais tarde ainda aqueles que deixaram de ser dinheiro. Na virada do século XIX, Georg Friedrich Knapp debruçou-se sobre o debate monetário a partir de uma perspectiva distinta e original em relação à tradição de então. Determinado a descobrir o que chamou de alma da moeda (“if anyone says that my own aim has been to discover the soul of money, well, so be it.” (Knapp, 2003: ix)), o autor julgou que, para tanto, seria necessário recorrer à Ciência Política, pois considerava a Política como parte constitutiva de qualquer sistema monetário e de pagamentos, como também da moeda em particular. (“I hope for the approval and perhaps the help of those who take the monetary system (or, better, the whole system of payments) to be a branch of political science.” (Knapp, 2003: viii)). Partiu, com efeito, da crítica à tradição metalista, mais precisamente aos seus princípios teóricos. Edificou em seu lugar um outro marco analítico, cujos fundamentos se assentam