Euro, da criação à crise
Resenha do artigo “Euro, da criação à crise: antecedentes institucionais da moeda única européia”.
De acordo com a vontade dos países integrantes da Comunidade Econômica Européia (CEE), Alemanha Ocidental, Bélgica, França, Itália, Luxemburgo e Holanda, desde 1969 já se articulavam formas e se iniciaram as conversações para se criar uma moeda única na Europa. Vivia-se um período de instabilidade cambial e foram adotadas alternativas de combate à mesma como o uso de margens de flutuação de percentual reduzido entre as moedas européias pertencentes ao sistema. A pretensão era criar um grupo com autonomia das taxas cambiais entre os países da CEE, para que num futuro próximo estes países ficassem isentos da flutuação entre as moedas destes países membros. Posteriormente foi criado o Fundo Europeu de Cooperação Monetária (FECOM), Sistema Monetário Europeu (SME), Mecanismo Europeu de Taxas de Câmbio (MET), dentro deste contexto foi criada a Unidade de Moeda Européia (ECU) para ponderar o cálculo, segundo a dimensão da economia de cada país membro.
A partir de 1986 a Comissão Européia aprovou o Ato Único Europeu (AUE) e tinha por objetivo remover as barreiras institucionais e econômicas entre os países membros CEE e formar o Mercado Comum Europeu (MCE), e esse ato determinaria a criação da União Econômica e Monetária (UEM). Portanto, a UEM eliminou as barreiras internas à livre circulação de mercadorias, pessoas, serviços e capitais nos Estados membros da União Européia. Em um segundo momento foi criado em 1994 o Instituto Monetário Europeu (IME), mas sem nenhuma responsabilidade na política monetária da União Européia (UE) e sem poder fazer intervenções cambiais. As prioridades do IME eram reforçar a cooperação entre os bancos centrais e a coordenação das políticas monetárias e realizar as tarefas necessárias à instituição