Crise européia e o Brasil
Tudo começou em setembro de 2008 quando o planeta mergulhou na mais profunda crise desde a Grande Depressão, nos anos de 1930. O auge de 2008 foi à quebra de um dos maiores bancos de investimento dos Estados Unidos, o Lehman Brothers. E em poucos dias outras grandes instituições financeiras do mundo seguiriam, em um efeito dominó, o rastro de desastre do Lehman Brothers. Naquele ano, aproveitando as baixas taxas de juros, os bancos norte-americanos passaram a fazer empréstimos de longo prazo a clientes que não tinham boa avaliação de crédito. Em seguida, esses mesmos bancos negociavam no mercado de títulos que tinham como garantia o pagamento dos empréstimos. O crédito fácil fez aumentar a procura por imóveis, que tiveram os preços elevados, atraindo mais investidores para o mercado imobiliário e ajudando a impulsionar a economia americana por anos, com a criação de empregos e o aumento da produção.
Entretanto, em parte os juros subiram por um movimento natural do mercado, mas também por dificuldades próprias da economia americana, como gastos com guerras e isenções fiscais a grandes empresas deixando muitos compradores com dificuldades para saldar a dívida. As hipotecas começaram a ser executadas, e os imóveis retomados voltaram a ser colocados à venda. Com o aumento da oferta, os preços caíram, a indústria da construção civil entrou em crise e os títulos com base nos empréstimos subprime perderam valor. Esse é o estouro da bolha imobiliária, ocorrido em 2008.
A economia brasileira apesar de ter fechado 2009 com crescimento perto de zero, em 2010 houve uma expansão do PIB de 4,8% e a expectativa era de que 2011 fosse um ano de 4,5% de aumento do PIB. Ao contrário do que se esperava o país conseguiu manter a cabeça acima das ondas que arrasaram muitas economias. E para sair da crise o Brasil não precisou lançar mão de grandes pacotes econômicos. O governo federal e o Banco Central adotaram medidas dirigidas. As