Resenha "Meus Eus"
INVENTANDO NOSSOS EUS
A ideia de “eu” está em crise e os teóricos sociais têm escrito o eu como o sujeito universal, estável, unificado, totalizado, individualizado, interiorizado. Para algumas análises, os humanos nunca existiram e nunca puderam existir, nessa forma coerente e unificada. Para outros, a morte do sujeito é, um evento histórico real no qual tem sido varrido pela mudança cultural. No lugar do eu, proliferam novas imagens de subjetividade como espacializada, descentrada, múltipla e nômade como resultado de práticas episódicas de autoexposição, em locais e épocas particulares.
As ideias de identidade têm se colocado no centro de muitas das práticas nas quais os seres humanos se envolvem, como por exemplo: na vida política, no trabalho, nos arranjos domésticos e conjugais, no consumo, dentre outros.
Os seres humanos são interpelados, representados e influenciados como se fossem eus de um tipo particular, imbuídos de uma subjetividade individualizada, comprometidos a encontrar suas verdadeiras identidades e a maximizar a autêntica expressão dessas identidades em seus estilos de vida.
As imagens de liberdade e autonomia operam buscando empreender sua vida e seu eu por meio de atos de escolha.
Temos o eu composto dos nossos pensamentos e crenças de nós mesmos, e o eu como processador ativo de informações, o conhecedor. Em