Resenha manifesto comunista
O Manifesto Comunista foi escrito pelos teóricos fundadores do socialismo científico, os alemães Karl Marx e Friedrich Engels, e publicado pela primeira vez em fevereiro de 1848. A obra é uma das mais importantes da história quando se trata de sociologia. Seu principal escritor, Karl Marx, foi filósofo, historiador, teórico político e economista, sendo considerado um dos maiores pensadores já existentes na área de ciências políticas. Escreveu inúmeras obras, dentre elas o aqui comentado Manifesto Comunista, O Capital1 e Teses sobre Feuerbach.
O Manifesto Comunista foi publicado em uma época de crise na Europa capitalista. As Revoluções de 1848 eclodiam em todo o continente, representando os ideais liberais e nacionalistas. Marx influenciou não só tais revoltas, como muitas outras posteriores, incluindo a Revolução Russa em 1917.
Em relação ao conteúdo, se destacam dois temas principais no texto: a luta ininterrupta de classes entre a burguesia e o proletariado e a opressão sofrida por esta última, aplicada e sustentada pela classe burguesa. Não é deixada de fora a análise histórica da ascensão dos burgueses em decorrer da Idade Moderna, derrotando o poder monárquico e as instituições religiosas para se firmar no poder. Os autores afirmam que, com o surgimento e fixação da burguesia como classe social dominante, surge simultaneamente a camada operária, que uma vez explorada e oprimida pelos capitalistas burgueses, tende a se revolucionar e acabar com a desigualdade econômica e social estipulada pela sua exploração. A conclusão é que a burguesia cria seus próprios coveiros.
Também são trabalhados os conceitos de divisão social e mais-valia, ambos muito importantes para a compreensão da obra. A divisão social é explicada por Marx como a alienação e coisificação do operário, uma vez que seu trabalho perde o valor ao ser substituído ou complementado por uma máquina. A função do trabalhador se especifica em saber operar