Resenha - Livro Folha Explica São Paulo
Nessa mesma época se iniciou a abertura dos bairros aristocráticos, que de maneira contrastante foram construídos sobre colinas secas, arejadas e iluminadas, contando com avenidas largas e mansões muradas: Campos Elíseos, Higienópolis e a Av. Paulista. Os bairros ricos é aqueles cujas mansões se fecham em muros, exibindo sua imponência nas avenidas largas e iluminadas, amplos espaços para uma seleta e íntima vida social. Isso se deu por meio da constituição dos bairros proletários e dos loteamentos burgueses, da apropriação e reforma do centro urbano pela nova elite dominante e da ação discriminatória dos investimentos públicos e regulação urbanística.
Nos bairros populares, a paisagem é feita de lotes superocupados horizontalmente, formando becos e vilas entremeados por galpões industriais ocupando as várzeas pantanosas e inundáveis no entorno das ferrovias. Assim, mais mão de obra se fez necessária, instalando as primeiras colônias de imigrantes na cidade, que deram origem aos bairros operários: Lapa, Bom Retiro, Pari, Belém, Mooca e Ipiranga. Esses foram localizados nas várzeas e alagadiços, próximos às indústrias e linhas férreas.
O desenvolvimento no inicio do século XX, foi em virtude do poder econômico e político do Brasil. Junto o desenvolvimento e o crescimento houve uma crise no final da década de 20 (1920); a cultura erudita se mistura às modernidades vindas de fora. Marcam esse período o Movimento Moderno e a Semana da Arte Moderna de 1922, a passagem do Zeppelin (1928) e a construção do primeiro arranha-céus