Resenha Livro As aventuras de Karl Marx contra o Barão de Münchhausen
De que se trata o Livro
Trata-se de ideologia (ciência das ideias, ideólogo – deformadores da realidade, Marx –cons ciência falsa que gera a inversão da realidade para os interesses das classes dominantes), o maior problema com que se defrontam os autores que se dedicam às questões da sociologia do conhecimento.
O autor examina os esforços de autores (Condorcet, iluminista, socialista utópico Saint-Simon, o filósofo Augusto Comte e o sociólogo Émile Durkheim) no sentido de explicar as relações entre a busca do conhecimento e a defesa de interesses particulares, entre os seres humanos. Analisa também algumas características das diversas linhas de pensamento adotadas em relação à ideologia por Karl Popper, por Max Weber, por Karl Manheim e pelos representantes do Stalinismo.
Para Michael Löwy, todos estes teóricos são fundamentalmente positivistas: tentam fundar a sociologia do conhecimento sobre fatos e dados, pretendem lidar com realidades humanas com a mesma isenção e a mesma objetividade com que observariam coisas, ou então se dispõe a exorcizar os juízos de valor no exame de questões em face das quais nunca podemos ser neutros. Michael compara os artifícios usados pelos positivistas para saírem dos impasses teóricos em que se vêem com o expediente a que recorreu o protagonista de uma velha estória: atolado num pântano, com seu cavalo, e vendo que não contava com a ajuda de ninguém para salvá-lo, o Barão de Münchhausen agarrou seus próprios cabelos e, por meio deles, puxou-se para cima, saiu da lama, trazendo também seu cavalo, entre as pernas, tirando-o do atoleiro.
Rejeitando as ilusões dos positivistas, os Marxistas não conseguiram adotar e desenvolver, juntos, uma mesma concepção de ideologia. Esta obra reconstitui as alternativas desse conceito nas versões diferentes que lhe dão Marx e Lenin, bem como nos esforços que marcam as reflexões de Lukács, Gramsci, Marcuse, Adorno e Horkheimer, entre