resenha liquefacao bauman
São Paulo, SP, Brasil Junho/2013 CAPITALISMO E A LIQUEFAÇÃO
“Quando patinamos sobre gelo quebradiço, nossa segurança depende de nossa velocidade” (Ralph Waldo Emerson)1
Zygmunt Bauman é um emérito sociólogo polonês, nascido em 19 de novembro de 1925 em Poznán. Aos 43 anos, Bauman foi afastado de sua carreira na Universidade de Varsóvia após ter diversos de seus artigos e livros censurados. O sociólogo se afastou da Polônia passando por diversos países antes de chegar a Grã-Bretanha, onde vive até os dias de hoje. Chegou a Inglaterra em 1971 e logo tomou seu espaço em meio a grandes outros nomes. Se tornou professor titular da universidade de Leeds, onde continua a ensinar sociologia ate os dias atuais. Bauman tem mais de 16 obras de sua autoria publicadas no brasil e tornou-se conhecido por suas analises sobre o consumismo pós-moderno.
“Ser Leve e Líquido” é o prefácio de seu livro “Modernidade Líquida”2, publicado em 2001 pela editora Jorge Zahar Editor Ltda no brasil, a mesma que publicou todas suas outras obras no português, traduzidas por Plínio Dentzien. Lançado na chamada Geração Y3, o prefácio foi escrito em uma época acostumada a constantes mudanças, e o líquido é um dos exemplos mais claros da fluidez, da inconstância e da mobilidade que marcam o período histórico em que vivemos.
A situação dos líquidos, para Bauman seria a que mais se encaixa ao que se vive hoje, por possuir uma forma temporária, e estar constantemente mudando, o tempo vira uma coisa essencial. Nossa modernidade supervaloriza o lucro, liquefaz as antigas tradições e coloca o indivíduo acima do coletivo.
Sygmunt Bauman expõe a realidade de nossa “modernidade líquida” ao citar o capitalismo soberano as relações humanas. O lucro é o nosso novo objetivo, e de acordo com Marshall Berman4 todos nossos talentos e impulsos aproveitáveis ao mercado,