Resenha linguagem e persuasão
Linguagem e Persuasão
CITELLI, Adilson. Linguagem e Persuasão: São Paulo: Editora Ática, 2002. Adilson Citelli é mestre em letras e professor da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (USP).
Existe informação sem persuasão? Nos sete capítulos que integram o livro, o autor apresenta a persuasão como elemento quase inerente à linguagem. Mesmo em diferentes graus, a tentativa de convencer alguém sobre determinada assunto estará presente em quase todo processo comunicativo. Para ele dificilmente um discurso escapará dos elementos persuasivos; “talvez a arte, algumas manifestações literárias, jogos verbais, um ou outro texto marcado pelo elemento lúdico” (p. 6).
No segundo capítulo, a retórica é estudada sob um viés histórico-temporal e revela alguns mecanismos persuasivos. Foi na Grécia que o estudo da retórica ganhou importância: “O exercício do poder, via palavra, era ao mesmo tempo uma ciência e uma arte” (p. 9). Os três grandes pensadores gregos escreveram sobre o assunto, mas foi com Aristóteles, no livro Arte retórica, que a retórica começa a ser tratada como ciência que revela o mecanismo de como se faz persuasão. Com o passar do tempo, a retórica teve sua função alterada. No final do século XIX as técnicas organizacionais e persuasivas do discurso – exórdio, narração, provas e peroração – foram substituídas pela ideia de embelesamento do texto. Hoje, a retórica, sustentada no pensamento clássico, preocupa-se em estudar os raciocinios expositivos, a argumentação e a teoria das figuras. Essa perspectiva contemporânea utiliza-se de estratégias – metáfora, metonímia, entre outras – que prendem a atenção do receptor ao alterar a significação inicial da linguagem e revelar novos sentidos.
O capítulo três exemplifica como são estreitas as relações entre ideologia, signo e construção do discurso persuasivo. O autor ainda nesse capitulo disserta sobre como a troca de nomes pode ser usada de forma estratégica para amenizar ou