RESENHA Karl Popper
O PROBLEMA DA DEMARCAÇÃO – KARL POPPER
Na parte I do texto, Popper procura explicar como o problema da demarcação se relaciona com os problemas do conteúdo empírico e da testabilidade.
Ele menciona grandes cientistas como Galileu, Newton, e Einstein, e afirma que considera as obras deles como paradigma da ciência, ou seja, são padrões ou modelos a ser seguido pela ciência em geral. Popper busca estudar a ciência em sentido heroico, não tentando defini-la, mas sim mostrar os atos de homens com ideias inovadoras e ousadas, que buscaram incansavelmente refutar as suas próprias suposições ou hipóteses.
Para ele as ideias ousadas são hipóteses ou conjecturas novas e arrojadas, e que para tentar refuta-las é preciso debates críticos e testes empíricos severos. Uma ideia só é arrojada quando corre o risco de ser falsa. Um exemplo disso é a conjectura de Copérnico e Aristarco de que o Sol e não a Terra, ocupa o centro do universo, a qual foi incrivelmente arrojada. É falsa, mas isso não afeta a sua ousadia e a fecundidade da conjectura, que por mostrar uma nova visão do universo, contribuiu imensamente para a criação de uma nova ciência.
Kepler também tinha uma visão metafísica ousada do mundo, ele tentou reinterpretar suas observações a luz de suas teorias. Sendo sua disposição pela busca da verdade maior que seu entusiasmo pela harmonia metafisica. Assim Kepler se sentiu obrigado a abandonar suas teorias pré-existente por outras mais coerentes com o fato.
As teorias de Kepler são parecidas com as teorias de hoje sobre o movimento dos planetas do sistema solar. Porém são meras aproximações, não são a verdade. Pois foram testadas a luz de novas teorias, como a newtoniana e einsteiniana. Que segundo Newton as leis de Kepler são mais corretas para sistemas de dois corpos. Sendo a assim os resultados contrários a lei de Kepler.
Dessas três teorias, somente uma foi mais bem sucedida, a teoria da gravitação de Einstein. No qual alguns aspectos chamaram a atenção de