Resenha jequitibás
Professor é uma profissão não somente por haver milhares deles, mas por ser algo que não se define por amor, contrário da função do educador, que surge de uma vocação e como tal, nasce do amor e da esperança de uma construção significativa e transformadora. Rubens Alves analisa antigas profissões, as quais ao longo do tempo deixaram de existir ou transformaram-se segundo a necessidade social, pois essa está em constante transformação e necessita do acompanhamento profissional segundo sua necessidade. Nessa inexistência ou transformação encontra-se o artesão, os tropeiros, o boticário e inúmeras outras profissões. Diante disso, questiona-se o que difere o professor do educador questionando: Será essa a transformação exigida pela conjuntura atual? O professor é comparado com os pés de eucaliptos, árvores de fácil crescimento, e que tem sua beleza no fato de serem encontradas enfileiradas e em permanente posição de sentido como que preparadas para o corte inevitável. Para o professor o que importa é o crédito cultural adquirido pelo educando em uma disciplina, sendo indiferente o seu ministrante, já que ao ministrante cabe apenas a função de transmissor fiel do conteúdo, tornando o professor como entidade descartável sendo apenas um funcionário de um mundo dominado pelo Estado. O educador é comparado a um pé de Jequitibá, planta essa, de ‘personalidade’ chegando os antigos a acreditarem que, essas, tinham alma, por serem diferentes dentre outras árvores e com características próprias até entre si já que cada uma possui em sua existência uma forma única, uma estória a ser contada. O educador constrói, habita um mundo em que a interioridade faz uma diferença, em que as pessoas se definem por suas visões, paixões, esperanças e horizontes utópicos tornando-o frequentemente um mau funcionário, porque seu mundo não