“Resenha do livro conversa com quem gosta de ensinar”
Com reflexões sobre professor, educador e educação, o livro desenvolve um diálogo, sobre o que poderia ser considerado importante para compor um bom programa de formação de professores. Quando solicitado para fazer esse programa de formação, o autor fez uma diferenciação importante sobre ser educador e professor. Ele apresenta o professor como um funcionário de uma empresa apenas e que atende diretamente aos interesses do sistema. Para atender a esses interesses, o educador foi distanciado do seu ideal de educador e passou a ser um mau funcionário já que o seu ritmo não segue o ritmo do mundo das instituições. As instituições passam a ter autonomia já que existem e são regidas por leis e ficaram independentes dos envolvidos. O autor ainda vê como ilusão o fato de algumas pessoas possam alcançar ser educadoras. “Não é por acidente, então, que os professores sejam aqueles que sonham com os educadores e os funcionários tenham visões de liberdade, e os animais domésticos façam poemas e tenham loucuras sobre o selvagem que habita cada um deles. Não se trata de formar o educador, como se ele não existisse. Como se houvesse escolas capazes de gerá-lo,ou programas que pudessem traze-lo à luz. Eucaliptos não se transformarão em jequitibás, amenos que em cada eucalipto haja um jequitibá adormecido. O que está em jogo não é uma técnica, um currículo, uma graduação ou pós-graduação”.
Dessa forma ele apresenta que é necessário despertar o educador para que ele possa voltar a ser o agente que com seu discurso faz com que muros caiam, faz com sua paixão realidades sejam transformadas.
“O educador, ao contrário, é um fundador de mundos, mediador de esperanças, pastor de projetos”.
Rubem Alves escreve ainda que toda teoria social seja teoria pessoal. Isso significa dizer que ser impessoal é pretensão. Não encontramos sujeitos portadores de uma subjetividade livre de valores pessoais. Ele