resenha filme o corte

No entanto, as teorizações das diversas correntes administrativas acerca da organização do trabalho encontram-se ainda bastante centradas no aumento da produtividade e eficiência da organização, permanecendo o trabalhador em segundo plano embora, nem sempre, esta condição seja explicitada. A discussão acerca dos modelos participativos traz uma contribuição diferenciada no sentido de aliar produtividade e participação. (Matos; Pires, 2006, p.510)

Nota-se que o desemprego provoca não somente a sensação da perda do emprego, mas também gera um sentimento de fracasso individual e profissional ocasionando um sentimento de inferioridade, além de mostrar um excesso por parte do protagonista na forma em que valorizava seu emprego abdicando de sua vida social e familiar para se dedicar integralmente ao trabalho, valorizar o emprego é essencial, porém nas condições do personagem se mostrou nocivo tanto que o desespero em conseguir a nova vaga de emprego o levou a cometer diversos assassinatos.
O trabalhador necessita vender sua força de trabalho para manter suas necessidades básicas e o capitalista depende desta força de trabalho, o filme apesar de se passar na França traz um retrato importante do significado do trabalho que se encontra presente mesmo na sociedade brasileira em que os altos cargos no mercado de trabalho estão atrelados ao prestigio social, tanto que quando Bruno volta ao serviço o percebemos cercado de outras pessoas.
Apesar da situação extrema do personagem em matar seus concorrentes à vaga de emprego, os elementos do filme são facilmente observados em nosso cotidiano deste a situação do desemprego vivido por milhões de pessoas no mundo, a alta competitividade das empresas, mas principalmente é interessante observar todas as angustias provocada pelo desemprego e as dimensões psicológicas apresentadas pelo personagem.