Resenha Exclusão social
O termo exclusão social gera muitas polêmicas entre os diversos autores e pesquisadores sobre sua definição e sua representação na sociedade. Como avaliação das diferentes definições de exclusão social, Leal (2008, p. 16), afirma que: “trata-se de impedimentos a níveis aceitáveis de participação na sociedade (...), pela impossibilidade de acesso a bens materiais e simbólicos, aos serviços, a estatutos reconhecidos e poderes de intervenção sobre o próprio destino”. A exclusão social que passamos a conhecer tem origens econômicas, mas caracteriza-se, também, pela falta de pertencimento social, falta de perspectivas, dificuldade de acesso à informação e perda de auto-estima. Trata-se de um universo social que não é criado ou escolhido pelas pessoas que vivem nas ruas, pelo menos inicialmente, mas para o qual foram empurradas por circunstâncias alheias ao seu controle.
Castel (1998, p. 568), por sua vez, reflete que “Exclusão não é uma ausência de relação social (...). Não há ninguém fora da sociedade (...)”. Em outras palavras, a real terminologia ‘exclusão social’ não é de fato exclusão social. Quando o termo ‘exclusão social’ passa a ser fixo na linguagem e no conceito próprio pode contribuir para a retirada da cidadania dos usuários de forma errônea, passando a ser identificados apenas como ‘excluídos’.
Basta um olhar atento, sobre a realidade urbana, para concluir que as pessoas que vivem em situação de rua sofrem todas as formas de violação de seus direitos humanos e sociais; e partilham do mesmo objetivo, o de apenas sobreviver.
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