Resenha Artigo "Inclusão e Exclusão Social do Doente Mental no Trabalho: Representações Sociais"
Conforme percebemos, as quatro subcategorias se somam na compreensão do sentido de ser excluído do trabalho quando se porta algum transtorno mental, trazendo consigo sentimentos que minimizam a dignidade do ser humano. O preconceito como limite para inclusão no trabalho foi expresso em relação ao aceite social dos adoecidos mentais nos espaços de trocas coletivas, e na intolerância em relação aos diferentes, como aqueles que não seguem as condutas socialmente estabelecidas. O preconceito é definido como um prévio julgamento, sem a devida análise das situações ou sujeitos em questão, acarretando assim erros em campos específicos. Encontra-se inserido na "classe das atitudes", comportando a dimensão cognitiva, asserções em relação aos objetivos e estereótipos, e ainda uma dimensão afetiva relacionada às interações e valores vigentes. O isolamento social foi relatado pelos profissionais como uma extensão da ociosidade, quando em decorrência da doença o sujeito fica excluído do processo de trocas afetivas e sociais no seu meio.
A incapacidade aparece com duplo sentido. De um lado, representa algo pejorativo, como a sensação de estar exilado do mundo do trabalho; por outro, expressa estratégia de sobrevivência, após viver a exclusão do trabalho ocasionada pelo adoecer mental. Destacamos das entrevistas a percepção deste sentir. O sentir-se excluído desencadeia uma série de reações no entrevistado, como a baixa auto estima e a