Resenha: espaço e romance
Dimas apresenta uma crítica logo nos primeiros capítulos do livro, à um trabalho de Campos Mattos, que foi a “imagens de Portugal queirosiano”. Esta crítica serviu para que as dúvidas entre o espaço literário e a fotografia de um espaço fossem bem divididas, pois o autor afirma que não devemos pegar uma fotografia e descreve-la no texto, porque fazendo isto não teria a necessidade de escrever. O interessante é que neste ponto a questão do espaço vem desembaralhar todo um conceito que antes parecia óbvio e agora passa a ser um objeto de instigação e curiosidade para o leitor. Afinal, o que seria espaço?
O autor segue com exemplificações, porém, se apoia em Antonio Candido, citando uma análise feita a partir de uma questão levantada por Candido, “Degradação do Espaço”. Dimas expõe a “correlação funcional de ambientes”, onde ressalta os tipos de ambiente, para uma analogia direta entre a “degradação do estilo” contraposta à “degradação do espaço”, segundo Candido. Com isso Dimas apoia-se em Candido para finalizar seu assunto, mostrando que “apesar da forte adesão do romance brasileiro ao espaço, seja urbano, seja rural ou selvático, a crítica tem dedicado pouca atenção