Tecnólogo Ambiental
Steven Spielberg apresenta um Lincoln simplório, que gosta de contar histórias e não se preocupa com os luxos do importante cargo que ocupa, na obra cinematográfica inspirada em sua biografia escrita por Doris Kearns, “Time de triviais: O Gênio Político de Abraham Lincoln”. A trama descreve os meses finais do primeiro mandato do 16º presidente dos Estados Unidos, Abraham Lincoln, que havia sido reeleito para um segundo mandato. A Guerra Civil americana, que começou em seu primeiro mandato, está chegando ao fim, com uma clara vitória da União, abolicionista, em cima dos 11 estados antiabolicionistas e, consequentemente, separatistas. A União tinha noção que os confederados, praticamente derrotados, estavam prontos para assinar o tratado de paz. A visão é comemorada pelos republicanos, que querem o fim imediato da guerra extremamente violenta e partir para o segundo governo do reeleito, reintegrando a nação. As coisas ficam complicadas quando o presidente tem uma visão mais ampla que a de seus aliados. Ele nota que o fim da guerra leva necessariamente ao fim do seu projeto político principal, o de acabar com a escravatura no país. Ele entende que a Proclamação da Emancipação dos escravos, assinada em 1863, só é levada a sério pelos estados confederados por causa da guerra. Ao assinar-se o tratado para a paz, os estados oposicionistas ao abolicionismo poderiam voltar a explorar a escravatura, pois ele não possui nenhum mecanismo jurídico para forçá-los a aceitar a emancipação dos negros. Sua única saída é aprovar uma emenda constitucional, antes da declaração do fim da guerra civil. São necessários os votos de dois terços dos parlamentares para aprovar o novo projeto. E apesar de Lincoln ter a maioria no congresso, faltam 20 votos. Para aprovar a emenda até o fim de janeiro de 1865, antes do final da primeira legislatura, é preciso conseguir estes votos dentro da oposição, do partido democrata. O presidente, interpretado