Resenha - escola de democracia - demerval saviani
A obra de Demerval Saviani contempla temas polêmicos da educação. O autor inicia seu texto falando do analfabetismo e sua relação com a marginalização da escola. A escola como reprodutora social que é marginaliza os indivíduos que são marginalizados pela sociedade. Nesse sentido, faz-se uma melhor compreensão do indivíduo e sua relação com os diferentes aspectos da sociedade, da história e dos momentos políticos.
O autor divide as teorias para explicá-las melhor, assim, a primeira , ele classificou-a como teorias não-críticas – A pedagogia tradicional, a pedagogia nova e a pedagogia tecnicista e a relação com o problema da marginalidade:
Na pedagogia tradicional, a educação é vista como direito de todos e dever do Estado, sendo a marginalidade associada à ignorância. A escola surge como uma solução para esse problema.
Na Escola Nova, passa a ocorrer um movimento de reforma na pedagogia tradicional, na qual a marginalidade não é mais do ignorante e sim do rejeitado, do anormal e inapto, desajustado biológica e psiquicamente. A escola passa a ser então a forma de adaptação e ajuste dos indivíduos à sociedade.
Já o Tecnicismo tem como foco o trabalho, e a marginalidade é definida como ineficiência, improdutividade, preguiça, incapacidade. Com essa definição, a escola passa a ser formadora de indivíduos eficientes, com os objetivos centrados no mercado de trabalho, na produtividade. Assim, a escola produz trabalhadores que irão servir aos interesses do Capitalismo.
Outra classificação que o autor dá aos tipos de teorias são as crítico-reprodutivistas, nesse grupo de teorias, segundo o autor, a educação só é compreendida a partir dos condicionantes pessoais.
A educação para estas teorias passa a exercer uma função dominante. Onde é mais forte quem domina na relação dominante-dominado. Nesse sistema também há a reprodução da marginalização da sociedade.
O Capitalismo exerce grande influência nessas teorias,