Resenha Enciclopédia Le Goff
Documento/Monumento
Os materiais da memoria podem apresentar se sob duas formas:
- monumento: herança do passado
- documentos: escolha do historiador
Monumento é memória, sinal do passado. Monumento é tudo aquilo que pode evocar o passado, perpetuar a recordação.
Tem como característica ligar-se ao poder de perpetuação, voluntária ou involuntária, das sociedades históricas.
Evoluiu para o significado de prova.
A sua objetividade parece opor-se a intencionalidade do monumento.
O historiador deve tirar dos documentos tudo o que eles contem e não devem acrescentar nada do que eles contém. O melhor historiador é aquele que se mantem o mais próximo possível dos textos.
Com a escola positivista o documento triunfa – coincide com o triunfo do texto.
Samaran declara “não há história sem documento”
Lefebvre: “não há notícia histórica sem documento” “pois se dos fatos históricos não foram registrados documentos, ou gravados ou escritos, aqueles fatos perderam-se” Fustel de Coulangers afirma que os documentos não são apenas textos, podem ser línguas, historias, relatos, etc...
Os documentos podem ser feitos de signos. Pode ser feito com “tudo o que, pertencendo ao homem, demonstra a presença, a atividade, os gostos e as maneiras de ser do homem”
Samaran: “Há que tomar a palavra ‘documento’ no sentido mais amplo, documento escrito, ilustrado, transmitido pelo som, a imagem ou de qualquer outra maneira”
A partir da década de 1960 houve uma explosão de documentos (quantitativa e qualitativa). O interesse pela memória coletiva não era somente a respeito dos grandes acontecimentos e figuras públicas, o interesse se volta a todos os homens. Os documentos paroquiais inauguram a era da documentação de massa. Com a invenção do computador, que permitiu o armazenamento e a criação de milhões de documentos, veio a revolução quantitativa de documentos. Isso altera o estatuto do documento. “O documento, o