Superior
As observações sobre o cuidado inadequado na primeira infância, desconforto e a ansiedade de crianças pequenas relativas à separação dos cuidadores levaram o especialista a estudar os efeitos do cuidado materno sobre as crianças, em seus primeiros anos de vida. Bowlby impressionou-se com as evidências de efeitos adversos ao desenvolvimento, atribuídos ao rompimento na interação com a figura materna, na primeira infância (ainsworth e bowlby, 1991).
Os estudos iniciais de Bowlby além dos trabalhos de outros pesquisadores proeminentes que o influenciaram, deram origem às primeiras formulações e aos pressupostos formais da teoria do apego (TA). Os conceitos de Bolwby foram construídos com base nos campos da psicanálise e entre outros. Bowlby buscou alternativas embasadas cientificamente para se defender dos reducionismos teóricos, dando ênfase aos mecanismos de adaptação ao mundo real, assim como às competências humanas e à ação do indivíduo em seu ambiente. Mais estudos sobre o apego investigou fatores determinantes da proximidade e intimidade expressa no comportamento de interação de crianças com suas mães. Assim, os desenvolvimento socioemocional durante os primeiros anos de vida evidenciaram que o modelo de apego que um indivíduo desenvolve durante a primeira infância é profundamente influenciado pela maneira como os cuidadores primários (pais ou pessoas substitutas) o tratam, além de estar ligado a fatores temperamentais e genéticos.
M. Cortina & Marrone (2003) consideram que a TA organiza o comportamento em termos de um sistema motivacional e que as idéias de Bolwby representaram o ponto de partida para o desenvolvimento de uma nova teoria da motivação humana, que integra aspectos da biologia moderna e inclui afeto, cognição e provimento dos laços de apego. Essa consideração se baseia no fato de que a proposta dessa teoria organiza o comportamento em termos de um sistema motivacional. Além disso, o movimento individual de uma pessoa em