Resenha empreendedorismo
SOBRE AS CASAS BAHIA
Ronald Silva de Oliveira; Mariana Maia Arantes
Revista Administração e Diálogo, v. 10, n. 1, 2008, p. 1-17
A ética é o conjunto de normas e princípios que norteiam a boa conduta do ser humano. Essa é uma definição contida no Dicionário Aurélio. Assim, podemos constatar que a ética é a reflexão sobre tudo o que é bom ou mal, certo ou errado, em nosso convívio, em nossas ações diárias. Na área do Marketing a ética é ainda mais importante pois o Marketing está voltado para as relações de consumo, de desenvolvimento e promoção de produtos e serviços ligados a determinadas marcas que possuem determinadas imagens. Atuar de forma antiética é infringir o bom, o moral, o correto. É, por exemplo, não se preocupar com o bem-estar e com a segurança física e/ou emocional daquele que consumirá o produto ou o serviço da empresa. Porém não conseguiremos atingir a compreensão se não definirmos o conceito de Marketing.
Deixando um pouco de lado a história do marketing o intuito aqui é estabelecer a questão da ética e do Marketing com foco na empresa Casas Bahia e uma vez já definida a forma como isso ocorrerá (reflexão sobre a campanha “Quer pagar quanto?”) deve-se, então, aprofundar nessa questão das “práticas enganosas”.
No caso das Casas Bahia, como será visto posteriormente, sua ação desrespeitou o consumidor e tendo-o como hipossuficiente (incapaz de ter conhecimentos suficientes para constatar determinadas ações) adotou uma prática antiética de promoção, que não deveria ter adotado.
Um advogado residente na cidade de São Paulo que adentrou numa loja das Casas Bahia e escolheu diversos produtos eletrodomésticos. No momento de realizar o pagamento, este entregou na mão do operar do caixa uma nota de R$1,00, para surpresa geral dos presentes. O gerente da loja foi chamado e neste momento eis que o cliente afirma que estava pagando o que queria e podia