Resenha Educacao prática da Liberdade Freire
FREIRE, Paulo. Educação Como Prática da Liberdade. Ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1999.
RESENHA
Freire inicia a obra ressaltando a pluralidade das relações do homem com o mundo, o tempo, e as experiências adquiridas nas condições de seu contexto, demonstrando que um sujeito histórico e cultural.
Aponta a necessidade da criticidade, elemento decisivo para a chegada à liberdade, a fim de evitar o comodismo e o afogamento da capacidade criadora que possui. Para o autor, este é exatamente o objetivo das classes dominantes: acomodar as classes populares, evitando que o processo de democratização se efetive por meio da luta entre classes.
O autor faz uma retomada histórica, explicando que a causa da inaplicabilidade da instalação de modelos democráticos como forma de governo na América Latina, a partir dos anos 60, era a opressão das classes dominantes. Freire critica a educação “irracional” ofertada no Brasil, mas compreende que no cenário à qual estava posto durante e anteriormente à esse período, não se podia esperar resultados otimistas: “Realmente o Brasil nasceu e cresceu dentro de condições negativas às experiências democráticas” (p.66), ressalta o autor, referindo-se à forma de colonização comercial e “poder do senhor” que recebeu nosso país.
Freire considera importante afirmar o passo decisivo para que se iniciasse a mudança: uma educação que advertisse o perigo da massificação, fazendo o público alvo compreender o funcionamento das estruturas sociais. Consequentemente, ao obter esta compreensão, os indivíduos atuariam de forma crítica e libertadora.
O impulso pelas experiências de participação teria surgido juntamente com o desenvolvimento industrial, devido à migração das famílias para cidade. Embora o analfabetismo fosse um grande desafio para a nova configuração brasileira, o problema iria além: a alfabetização só tomaria corpo se mutuamente o opressor instalado no oprimido fosse expulso.
Dessa forma, Freire decorre