Resenha Dogville
Entretanto, quando a busca por Grace se intensifica, a população local começa a querer um acordo melhor junto à Grace, devido ao risco que todos estão correndo por escondê-la. Grace vai então descobrir, da pior forma possível, quão relativo é o conceito de bondade em Dogville. Mas ela também esconde um segredo muito perigoso que fará Dogville arrepender-se das suas exigências.
É incrível como o sofrimento de Grace nos faz odiar os moradores de Dogville revelando tudo que há de mau e de corrupto em nós e a constatação de que também agiríamos da mesma forama, se estivéssemos na situação dos habitantes de Dogville, e como eles são perturbadores.
De maneira bastante moralista o filme afirma repetidamente, e de forma agressiva, que todos somos responsáveis pelos nossos atos, e se temos problemas é porque não fazemos o suficiente para resolvê-los. Assim, nossa ignorância e ausência de um verdadeiro interesse pelo coletivo, ilustrado em várias passagens, é a alavanca que causa dor e sofrimento a nós mesmos; como, por exemplo, na seqüência em que um morador é reprimido verbalmente pelos outros dentro da igreja, ao lembrar que eles nunca se ajudam.
O massacre moral a que Grace é submetida nos faz desejar, revoltados e indignados que Dogville seja destruída. Somos forçados a concordar que o mundo somente terá conserto quando todos de Dogville forem mortos e com isso mostra como o humanismo se desfaz facilmente em ódio bárbaro.
REFERÊNCIAS:
http://cinemaniacojean.blogspot.com.br/2012/12/assistindo-dogville-lendo-resumo-de.html, acessado em 15/09/2014