Resenha de dogville
CENTRO DE HUMANIDADES
CIÊNCIAS SOCIAIS 2010.2
PSOCIOLOGIA SOCIAL
DOCENTE: Ricardo Rilton
Resenha do filme: “Dogville”.
Rafaela Carolinne Uchôa Monteiro
FORTALEZA - CE
2012
“Dogville” (2003) trás uma concepção inovadora, não apenas no seu roteiro, nem nas associações interdisciplinares com as matérias das Ciências Humanas, mas na forma “diferente” de se produzir e repensar o cinema. O diretor e roteirista da obra, Lars von Trier, tenta inserir nesse longa-metragem, a ótica de um movimento independente, que o mesmo criou junto de Thomas Vinterberg, mais conhecido como movimento cinematográfico: Dogma 95.
Lars von Trier é um cineasta dinamarquês famoso pela sua tentativa de fazer cinema num formato diferente, numa perspectiva mais realista, seu último filme foi Melancholia (2011). O Dogma 95 é um movimento iniciado a partir de um manifesto publicado na Dinamarca, em 13 de março de 1995. Direcionado para um cinema menos comercial e mais e mais realista o movimento, mostra-se como um resgate da sétima arte frente a sua exploração no meio hollywoodiano. Com 10 regras Trier e Vinterberg, o movimento mostra-se como uma resistência ao que era hegemônico no período, o cinema norte-americano. Pautando-se num caráter mais econômico do que estético, a produção do Dogma 95 foi datada de filmes com baixos custos de produção, no entanto, aclamados com diversos prêmios. No caso de “Dogville”, que dá início a uma trilogia: “E.U.A. Terra de Oportunidades” que tem como sequência “Manderlay” (2005) e “Washington” (sem data prevista). Dividido em 10 partes (prólogo e nove capítulos), o filme possui um narrador onisciente – sendo o próprio Trier – que conta a história de um vilarejo, denominado de “Dogville” que: “Encontra-se nas montanhas rochosas (...) aqui no final do caminho, perto de uma mina de prata abandonada”. O período da narrativa é no momento da grande depressão causada pela Crise de 1929. A situação do tal vilarejo é de