Resenha do texto: a obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica
As obras de arte em sua essência sempre foram objeto de reprodução, essa imitação era praticada por discípulos, mestres e por terceiros, cada um com interesses distintos e específicos. Mas a reprodução técnica de obras de arte é um processo novo, que vem se desenvolvendo com intensidade crescente. A imprensa teve importância decisiva mas fez parte de um contexto mais amplo, que envolve a xilogravura, a estampa em chapa de cobre e a água-forte, assim como a litografia. A litografia permitiu às artes gráficas colocar no mercado suas produções em massa e sob a forma de criações sempre novas. Mas foi ultrapassada pela fotografia, onde a mão foi substituída pelo olho que apreende mais depressa do que a mão desenha. A reprodução técnica do som surgiu e atingiu um alto padrão de qualidade.
Autenticidade
O aqui e o agora da obra de arte é o elemento que está ausente na reprodução, esse aqui e agora é onde se desdobra a história e enraíza a tradição do objeto. A reprodução técnica tem mais autonomia que a manual e pode colocar a cópia do original em situações impossíveis para o próprio original, por estas duas razões, o autêntico não preserva toda a sua autoridade com relação à reprodução técnica. Mesmo o conteúdo ficando intacto, as reproduções desvalorizam o seu aqui e agora, sua autenticidade, o testemunho se perde pois depende da materialidade da obra.
Destruição da aura
A forma de percepção das coletividades humanas se transformam historicamente. A aura é uma figura singular, composta de elementos espaciais e temporais: a aparição única de uma coisa distante por mais perto que ela esteja. Existem duas circunstâncias que explicam o declínio atual da aura, que são: fazer as coisas ficarem mais próximas e a tendência das massas de superar o caráter único dos objetos através de sua reprodutibilidade. Na imagem, a unidade e a durabilidade se associam intimamente como na reprodução, a transitoriedade e a repetibilidade.
Ritual e