Resenha: “A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica”
Essência e Materialismo
O autor traz a discussão sobre Arte e Modernidade Capitalista, colocando em discussão o conceito de aura na relação com o processo de reprodutibilidade técnica. Fala sobre a reprodução técnica, desde os gregos que conheciam a fundição até aos momentos atuais da fotografia e do cinema. Dá ênfase ao valor do culto, a autenticidade e como cada obra de arte é única e que estes conceitos não se aplicam em uma reprodução, dizendo que a reprodutibilidade destrui o caráter único da autenticidade e da tradição, onde a existência única é substituída por uma existência serial.
Outro assunto abordado é o declínio atual da aura, que deriva de duas circunstâncias a crescente difusão e intensidade dos movimentos de massa, analisando seus aspectos positivos e negativos.
Evidencia ainda as contestações, entre fotógrafos e pintores no que diz respeito aos valores das suas obras, também no teatro e no cinema. Faz citação da aparição da aura no trabalho feito pelo ator de teatro.
Benjamin finaliza o texto questionando a crescente proletarização do homem contemporâneo e a crescente massificação. Vendo a sua salvação no fato de permitir as massas a expressão de sua natureza, mas não a dos seus direitos. O ponto convergente dessa estetização é a guerra e sua glorificação por paralisar as forças produtivas.
Trata-se um texto atual onde o autor nos transmite suas ideias sobre uma teoria materialista da arte e a discussão de cultura de massa na modernidade capitalista.