Resenha do texto A DESCOBERTA DA INFÂNCIA

Segundo o texto “A Descoberta da Infância”, em torno do século XII e final do século XIII, ainda não se tinha a ideia de infância, portanto as crianças que nasciam naquela época eram consideradas adultas, e apenas seu tamanho as distinguiam, quando eram retratadas, pareciam adultos, sem nenhuma diferen-ça de expressão e traços, isso era percebido na maior parte das civilizações arcaicas. A representação mais fiel ao de uma criança, e a ideia de infância começou com a arte grega, com os pequenos Eros, os quais apresentavam a opulência da época helenística. A partir do século XIII é que começaram-se a surgir algumas representações de crianças mais próximos do sentimento mo-derno, conforme a ideia de anjos com aparência de jovem, esse tipo se tornou muito frequente no século XIV, e resistiu ainda até o fim do renascimento italia-no. O outro tipo foi com o modelo do menino Jesus ou a Nossa Senhora meni-na, no qual começaram a ser retratados de forma mais realistas, e sem parecer que Jesus era a redução de um adulto. Com a evolução de uma representação mais realista e sentimental, a maternidade da Virgem ingressou a plena infância no mundo das representações.
O sentimento da tenra infância ficou limitado ao menino Jesus até o século XIV, até que a arte italiana contribuiu para a sua expansão, após isso, a exibição da Virgem com o menino se transformou e se tornou cada vez mais normal, tornando a imagem uma cena cotidiana da vida. Dessa iconografia religiosa da infância, e a ascensão da mesma no dia a dia, começou a gerar a partir do século XV e XVI a representação da criança sozinha, com pinturas mais anedóticas, no sentido menos sério, pinturas com a criança com a sua família, ou com adultos, na multidão, brincando, entre outros, porém essas cenas não eram descrição exclusiva da infância, pois as crianças tinham e viviam o mesmo mundo dos adultos, o que hoje é separado, e a mesma criança já começava a ser apresentada de forma mais anedótica, o que acontece