O homem primitivo e sua religião
O homem primitivo e sua religião
O autor inicia o texto afirmando que não existem povos por mais “primitivos” (ele usa essas palavras) que sejam sem religião nem magia. Afirma também que em todas as sociedades primitivas estudadas foram detectados os domínios do Sagrado e do Profano, ou seja, da magia, religião e o da ciência.
Ele cita Edward B. Tylor, falando que a teoria desse cara apresenta o pressuposto de que o animismo (crença em seres espirituais) é a essência da religião primitiva, explicando que o homem em geral e o primitivo em particular tem uma tendência a imaginar o mundo exterior a sua imagem, por isso os animais, plantas e objetos que se mexem estariam possuídos por espíritos.
Cita Frazer, falando que ele expôs os 3 principais problemas da religião primitiva que a antropologia atual se ocupa: a magia e sua relação com a religião e a ciência; o totemismo (isso é aquela crença nos totens) e o aspecto sociológico da fé primitiva; os cultos de fertilidade e vegetação.
Malinowski cita o Ramo de Ouro, falando que o livro revela manifestamente que o animismo não é a única, nem sequer crença dominante na cultura primitiva. Afirma que Frazer situa a diferença entre religião e magia. A magia estaria inserida na confiança que o homem tem de controlar a natureza, já a religião seria o reconhecimento da impotência humana em determinados aspectos, daí a galera apelaria para os deuses. Tipo ... Meu filho tá morrendo, já usei a magia e não funcionou, então vou apelar para os deuses.
No entanto, vários outros autores como o Professor Preuss na Alemanha, Dr. Marett na Inglaterra e Hubert e Mauss na França aproveitaram desses conceitos do Frazer e fizeram suas próprias teorias, algumas vezes discordando e outras concordando com ele, porém esses autores realçaram o fato de que a ciência nasce da experiência e a magia é construída através da tradição. A ciência é norteada pela razão e a magia vive numa atmosfera de misticismo.
A magia