Antropologia e sexualidade
Consensos e Conflitos Teóricos em Perspectiva Histórica
O texto antropologia e sexualidade de Miguel Vale de Almeida, relata as questões sexuais, sociais e culturais, desde a época da revolução industrial, e consequentemente, desde o nascimento do capitalismo. Foi nessa mesma época que as mulheres iniciaram as lutas pelos seus direitos. Dessa forma, deram início a discussões sobre o modelo ideal de casamento e também sobre a posição das mulheres na sociedade. Esse período caracterizado como evolucionismo, aderiu argumentos de diferentes autores da época. Por exemplo, os argumentos de Morgan para explicar como o desmoronamento do direito materno que constituirá a grande derrota histórica do sexo feminino. Há também nesse texto, relatos da divisão do trabalho nas fábricas, quando a mão de obra feminina e infantil passou a ser mais procurada, já que não havia necessidade de força muscular. Alguns pesquisadores da época, como Morgan, Engels, Marx, Freud, Malinowski, chegaram a várias conclusões relacionadas a cultura, sociedade e sexualidade. Um exemplo disso, é a antropóloga Margaret Mead que liga a questão da personalidade- base e do temperamento à atribuição sexuada das emoções. Após sua pesquisa, Margaret afirmou que é permitido afirmar que os traços de caráter que qualificamos como masculinos e femininos são determinados pelo sexo de forma superficial, assim como a roupa. Através de Mead, a antropologia estava pronta para o salto qualitativo do feminismo e do construcionismo social. O construcionismo sexual foi marcado pelo androcentrismo de que a antropologia foi acusada pelas mulheres antropólogas e pelas feministas, impediu que fosse ouvida a voz das mulheres nas etnografias. Nessa época surgiram questões como: “ Como é que as categorias de gênero são definidas?”. Esses estudos relacionados ao gênero e sexualidade nos dias de hoje, tem sido permeados pela teoria da prática.