ANTROPOLOGIA

INTRODUÇÃO

A sexualidade faz parte da história da humanidade. Algumas áreas do conhecimento demonstram interesse em conhecer esse fenômeno típico da condição humana. No âmbito da psicologia e da psicanálise, estudiosos aprofundaram em alguns dos “mistérios” da sexualidade ao explicar seu processo evolutivo ao longo da formação biológica, social e psicológica do indivíduo.
A antropologia, se preocupou-se em “desvendar” a história da sexualidade com o intuito de mostrar não propriamente os aspectos morais, mas as “diferentes formas possíveis de atos sexuais”.
Ainda, na dimensão filosófica e sociológica, ressalta-se a contribuição de muitos quanto à difícil questão enigmática da sexualidade na configuração humana. Atualmente muito se escreve sobre esse tema. O interesse por ele tem crescido pouco a pouco e alguns pensadores vão redescobrindo-o como tema social importante.

DESENVOLVIMENTO

A grande maioria dos estudiosos de antropologia social e cultural concordarão com a dúvida de que a sexualidade possa, em si mesma, constituir um objeto de estudo . “Em si mesma” significa isolada de instituições e práticas sobre as quais a sexualidade “fala” e que são “faladas” através do idioma da sexualidade. Assim, e para lá do postulado central da antropologia que leva à abordagem dos discursos e práticas humanas em sociedade como formas de significação cultural – donde, variável e relativa consoante as formações sociais – a disciplina tem abordado o que se pode denominar como “sexualidade” no decurso de investigações sobre instituições e práticas outras, a saber, o parentesco, a família e, mais tarde, o género.
Mais recentemente, a sexualidade conquistou alguma autonomia como campo de inquérito devido à definição do sexual como facto social atravessado por tensões e conflitos identitários, sobretudo nas sociedades chamadas modernas e ocidentais (ainda que a globalização permita o atenuar dessas supostas fronteiras tipológicas). Quer as identidades de género,