Resenha do texto "Fundamentos Contingentes" Judith Butler

RESENHA DO TEXTO: “FUNDAMENTOS CONTINGENTES: O FEMINISMO E A QUESTÃO DO “PÓS-MODERNISMO”, de Judith Butler (1998) A autora, Judith Butler, filósofa e feminista da França, vinculada ao Movimento Queer, analisa em seu artigo a relação entre teoria social e política feminista. Para tal, a autora aborda temas como: pós-modernismo, pós-estruturalismo, a nova política da noção de sujeito, as controvérsias colocadas ao feminismo a partir da crítica da política identitária e o fundamentalismo como política de exclusão. Finaliza seu texto com uma discussão sobre a materialidade ontológica fictícia do corpo e do sexo, analisadas por ela como “lugares de poder”. Assim, Butler trabalha basicamente com o feminismo, o pós-modernismo, o pós-estruturalismo, sujeito e identidade. Nesse texto, a autora critica o conceito de identidade, bem como a idéia de um sujeito universal (apolítico) e, também, expõe o detém como concepção de política.
Butler inicia este artigo tratando da questão do pós-modernismo, ao qual ela formula uma pertinente questão: “(...) existe, afinal, algo chamado pós-modernismo? (p. 13)”. Após esmiuçar essa questão central com mais perguntas críticas, ela mesma é quem responde que conhece o termo da maneira como é usado e ele aparece geralmente em seu horizonte embutido várias formulações críticas (por exemplo: “se verdadeiros corpos não existem...”), cujos inícios das frases já se iniciam com uma advertência contra um niilismo iminente, pois se o conteúdo invocado dessa série de cláusulas condicionais se mostrar verdadeiro, então, e há sempre um então, se seguirá certamente algum conjunto de conseqüências desastrosas (p.13).
O que ela se refere com essa explanação um tanto quanto complexa é que, para ela, “o ‘pós-modernismo’ parece estar articulado na forma de um temível condicional ou, às vezes, na forma de desdém paternalista pelo que é jovem e irracional (p.13)”. E completa que, “contra esse pós-modernismo, há um esforço para escorar as premissas