Resenha do texto entre o público e o privado
Na introdução do trabalho, já podemos observar que o assunto em debate, mesmo sendo atual, merece a volta ao tempo para conhecer as bases do debate ético. Atualmente discute-se muito sobre a ética nas sociedades capitalistas. Esse interesse pelo tema também persiste no Brasil. Tal interesse chama muito mais a atenção do que os limites da ética.
Falta de ética não é tudo que se denomina. Alguns fatos se encaixam mais em uma contravenção penal do que nos campos éticos e morais.
Para o melhor entendimento do que vem a ser ética, é necessário que o debate ético ocorra em um espaço público. Essa afirmação, traz ao texto um novo debate: o que vem a ser público e, consequentemente, privado. A polêmica deste novo debate mostra-se muito complexa e leva a recorrer à sociedade da Grécia antiga para uma melhor contextualização.
Na atual conjuntura, com a predominância das sociedades de massas, que se baseiam no consumo e apatia, o debate público perde espaço. As preocupações individuais dos cidadãos preponderam sobre a coletividade. A nova configuração política, em que antigos absolutistas deram lugar aos representativos, transformou os cidadãos em passivos, ao invés de ativos. O que muitos autores definem como públicos, são apenas as questões relativas aos domínios do governo e suas instituições.
O princípio da eficiência é primordial ao estado. O autor cita John Stuart Mill, que entende que se o fim do Estado é tornar as pessoas melhores, deve se despender de todo esforço para conseguir. O intuito de Mill é equilibrar a fronteira entre valores públicos e privados.
O encolhimento da esfera pública implica na substituição da figura do cidadão pelo contribuinte, ou seja, aquele que contribui com o erário. Essa substituição é danosa, pois hierarquiza o atendimento das necessidades pelo critério econômico. Há outras propostas para definição de critérios para as decisões públicas, todas utilizando