Resenha do texto: A Mulher Brasileira Nos Espaços Públicos e Privados: “Ser Mulher No Século XXI Ou Carta de Alforria”
A Mulher Brasileira Nos Espaços Públicos e Privados:
“Ser Mulher No Século XXI Ou Carta de Alforria”
São Paulo, 23 de abril de 2012
Ao longo dos anos, a visão que a sociedade tem da “mulher”, passou por diversas transformações. Transformações estas que hoje são por muitas consideradas como uma verdadeira carta de alforria. Apesar dos benefícios trazidos às mulheres com esta fictícia carta de alforria, surgiram novas questões, que podem em partes, serem resumidas na frase: “Nós podemos ir a qualquer lugar, menos para casa”.
Se olharmos a poucos anos atrás, vemos que a identidade feminina era cercada por inúmeros conceitos e normas, impostos pela sociedade e por muito tempo, aceitos. Durante este período, “mulher pública”, que circulava livremente pelas ruas, praças e bares, era vista como moralmente deturpada, totalmente fora dos padrões que iram impostos às mulheres; padrões que exigiam comportamentos femininos socialmente aceitos para a época, como por exemplo, sonhar com um “bom partido” para se casar nos dias de hoje, até mesmo o casamento já não é considerado por boa parte da sociedade como algo obrigatório às mulheres de boa moral.
Além de outras características que eram “obrigatórias” à identidade feminina, como um casamento indissolúvel, e o desempenho a atividades leves, que não exigissem muito esforço físico ou mesmo mental.
Dentro deste imaginário social, a identidade feminina era marcada pela reprodução. Todas as mulheres deveriam, acima de tudo, ter o desejo de ser mãe; como se a essência feminina fosse localizada em um órgão específico. Ou seja, a mulher era então reduzida ao seu útero. Sendo assim, se esta visão valesse como antes aos dias de hoje, então mulheres sem útero não teriam uma essência? Seriam consideradas como parte da sociedade?
No entanto, estas